Petrobras altera sua estratégia internacional para explorar as reservas do pré-sal

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A 8ª edição da revista PIB, Presença Internacional do Brasil, que chega às bancas esta semana, traz uma reportagem especial sobre a mudança do perfil internacional da Petrobras em busca de mercados para a futura produção do pré-sal. Com operação em 28 países, a empresa tem apenas 12% do seu faturamento no exterior. Há 40 anos, a empresa era movida pela necessidade de garantir reservas de petróleo para o consumo interno. Hoje, entre as maiores empresas das Américas e a oitava companhia de capital aberto do mundo, a Petrobras está reavaliando os rumos de sua operação internacional para se adequar ao novo cenário. Com a perspectiva de explorar gigantes reservas do pré-sal, potencialmente muito maiores que a demanda interna, a ordem na empresa é buscar mercados no exterior para o excedente do petróleo brasileiro. 
De acordo com Jorge Zelada, diretor da Área Internacional da Petrobras, a empresa passará a priorizar o refino, distribuição, e a comercialização de produtos derivados com a gasolina e o biodiesel. “O foco da internacionalização hoje é ampliar o acesso para nossos produtos no exterior. Para isso, pretendemos agregar valor a esse excedente de produção do pré-sal”, explica Zelada.

A nova meta da Petrobras representa uma mudança significativa na condução dos negócios da empresa no exterior. A balança das operações internacionais mudará dos setores de exploração e produção (E&P) para as áreas de refino, transporte e comercialização. No refino, estão sendo estudados novos projetos no exterior, já que, a produção do pré-sal irá ultrapassar a capacidade instalada no país, mesmo com as novas plantas já projetadas. Na distribuição, estão nos planos da empresa os Estados Unidos e a Europa, lugares onde há grande demanda de gasolina e diesel.

Ainda com prioridade internacional no refino e distribuição, a mudança de rumo da Petrobras será gradual. Exatos 79% dos US$15,9 bilhões que a companhia pretende investir fora do Brasil até 2013 serão destinados à exploração e produção de petróleo (E&P). “Isso aqui é um transatlântico. Ele não consegue mudar de rumo tão rapidamente devido aos muitos investimentos assumidos. Mas é preciso ver o movimento de tendência, e isso vai aparecer nos próximos planos estratégicos”, explica Zelada.

O reconhecimento da capacidade da empresa e de sua tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas a torna muito requisitada internacionalmente. Na edição 2009 da pesquisa sobre as Transnacionais Brasileiras da Fundação Dom Cabral (FDC), com números referentes a 2008, a Petrobras ocupa a 20ª posição em grau de presença internacional relativa. Mas a empresa vem obtendo sucesso em sua globalização. Desde sua criação, em 2002, a participação da Área Internacional no faturamento subiu de cerca de 3% para os atuais 12%. É também nesse crescimento, além das descobertas do pré-sal e do desenvolvimento de outros negócios, que a Petrobras aposta para alcançar o objetivo de se tornar uma das cinco maiores empresas de energia do mundo até 2020.

Sobre a revista PIB

A revista PIB – Presença Internacional do Brasil – é a primeira publicação voltada para todos os aspectos relacionados com a internacionalização da economia brasileira. O objetivo da revista é divulgar temas relacionados com a presença brasileira no exterior, com os benefícios que a internacionalização proporciona para as empresas e investidores brasileiros e com as vantagens geradas por esse processo para o conjunto da economia nacional.

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