O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,2% em relação a abril de 2010 – já descontadas as influências sazonais –, a segunda queda consecutiva mensal já que em abril o indicador havia apresentado queda de 0,1% (dado revisado) frente a março de 2010. Com esse resultado, a taxa de expansão trimestral da economia brasileira diminui de 2,4% no trimestre findo em abril/2010 para 1,9% no trimestre encerrado em maio/10, confirmando o processo de desaceleração do crescimento econômico percebido no segundo trimestre de 2010.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retirada dos estímulos fiscais à aquisição de veículos e outros bens duráveis provocou antecipação de consumo e produção para o primeiro trimestre de 2010 sendo, portanto, natural observar-se um menor ritmo expansão da atividade ao longo do segundo trimestre. Além disto, as turbulências externas provenientes dos países europeus e o início do ciclo de aperto monetário contribuíram, ainda que em menor escala, para o esfriamento da economia no segundo trimestre de 2010.
A queda da atividade econômica em maio foi puxada pelo setor industrial que apresentou recuo de 0,1% na comparação com o mês de abril/10. Já os setores agropecuário e de serviços conseguiram registrar avanços de 0,3% e 0,2%, respectivamente, neste mesmo critério de comparação, já descontadas as influências sazonais.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 8,1% no  ritmo de atividade econômica em maio de 2010. Tal resultado fez com que o  crescimento da economia durante os primeiros cinco meses do ano atingisse  8,7%.
Por fim, nos doze meses encerrados em maio de 2010, o crescimento  econômico atingiu 4,2%, resultado que ainda segue prejudicado pelo período  recessivo do início de 2009.
Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)
Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB  Mensal) são utilizadas técnicas estatísticas de desagregação temporal com  indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada  subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de  Contas Nacionais Trimestrais do IBGE foi desagregado, por cada uma das técnicas  supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente  correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa  final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB  Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada um  das técnicas distintas de desagregação temporal.
As séries mensais finais dos  subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos  níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como  estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos  pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido  até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral  Consolidado sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais, as  séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.
Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.
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