A Petrobras e a Universidade de São Paulo (USP) inauguraram nesta terça-feira (1/12) o novo laboratório do Tanque de Provas Numérico – TPN. Parte da Rede Temática de Computação Científica e Visualização, conhecida como Rede Galileu, o projeto possibilitou a construção de novas instalações do TPN-USP em uma área de quase 1600 m2 com acomodações para mais de 80 pesquisadores. Com a modernização, este laboratório da USP passa a ser um dos mais avançados do mundo para a realização de ensaios e testes em sistemas de produção de petróleo e gás offshore (em alto mar).
Além de obras civis, a modernização incluiu a instalação de um cluster computacional de 55 teraflops de capacidade, criando um sistema de alta confiabilidade e desempenho no processamento de dados nos projetos de exploração e produção (E&P). Foi criada uma sala de Realidade Virtual, conectada ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e às outras instituições da Rede Galileu, que permite o desenvolvimento e acompanhamento integrado de projetos e operações.
Outro destaque é o novo calibrador físico hidrodinâmico, um tanque com 4 m de profundidade e 14 m2 de superfície que permite criar ondas multi-direcionais para executar ensaios de sistemas oceânicos. O novo calibrador oferece rapidez e simplicidade nos testes de modelos conceituais de unidades flutuantes. Esses testes poderão ser utilizados.
Com o funcionamento do calibrador hidrodinâmico do TPN, pesquisas e testes antes realizados no exterior podem ser desenvolvidos na nova infraestrutura. O CH-TPN vem somar aos recursos hoje disponíveis, formando três laboratórios complementares: LabOceano (Coppe/UFRJ), com ensaios de plataformas com modelos completos, e o Tanque de Reboque do IPT, com ensaios de embarcações com velocidade de avanço.
O Tanque de Provas Numérico da Universidade de São Paulo vem colaborando com a Petrobras desde 2002 no desenvolvimento de conceitos inovadores e em estudos/análises da produção/exploração em águas profundas. A USP é uma das quinze instituições da Rede Temática Galileu – juntamente com a UFRJ, PUC-Rio, USP, UFAL, ITA, INPE, LNCC, UFAM, INPA, UFC, UFMA, UFPE, UFRGS, UFRN e Unicamp.
Sobre as Redes Temáticas
Entre 2006 e 2009, a Petrobras investiu cerca de R$ 1,8 bilhões em universidades e institutos de pesquisa brasileiros. A estratégia definida para estes investimentos tem proporcionado uma mudança significativa na qualificação laboratorial das instituições tecnológicas parceiras. Com o sucesso do modelo de Redes Temáticas implantado a partir de 2006 para fazer frente às obrigações contratuais dos contratos de concessão, o número de temas abordados cresceu e hoje já são 50 Redes Temáticas, reunindo 80 instituições em todo o país.