Rede de saúde do RJ recebe reforço de R$ 296 milhões

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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta segunda-feira (03), no Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro (RJ), um reforço de R$ 296,1 milhões para a rede pública de saúde do estado. Os investimentos vão financiar a construção e manutenção de 46 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) até 2010, implementação de 103 novos leitos de UTI e repasses para dois hospitais do estado.

Na ocasião, o ministro da Saúde assinou uma portaria habilitando 23 novas UPAs que entrarão em funcionamento até o final deste ano. Essas UPAs terão capacidade para atender até 7 milhões de pessoas. As demais 23 unidades devem ser construídas em 2010.  “Nós vamos mais que triplicar o número de UPAs até 2010. “Isso é fruto de uma forte parceria do governo federal com o estado para reestruturar a rede de atendimento à população, com enfoque na promoção à saúde, com informação, UPAs, Saúde da Família e hospitais, com responsabilidades claras e financiamento”, afirmou Temporão.

Somente para a construção e manutenção dessas 46 novas UPAs, serão repassados R$ 223,1 milhões. As UPAs buscam reduzir as filas de espera e oferecer um atendimento de urgência altamente qualificado. A estratégia de atendimento delas está diretamente relacionada ao trabalho das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192).  “Nós estamos no início de uma longa trajetória na construção de um sistema de saúde que os cidadãos desejam e exigem. Mas estamos no caminho correto, implementando medidas sérias e consistentes”, destacou.

De acordo com o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Cortês, dos mais de 3 milhões de atendimentos até agora realizados nas 22 UPAs do estado, apenas 0,5% dos pacientes precisaram ser removidos para o hospital. “As UPAs são altamente resolutivas e atendem a população 24 horas por dia, mas não dá para construir apenas UPAs, nós precisamos investir agora efetivamente em atenção básica”, destacou o secretário.

Sobre o reforço para a atenção básica, o ministro da Saúde antecipou que nas próximas semanas uma equipe do Ministério da Saúde e da Prefeitura do RJ vai traçar um plano para reverter a baixa cobertura da capital em atenção básica, que hoje é inferior a 10%. “Isso vai ser o início da virada. Nós vamos programar com muita responsabilidade uma mudança de estratégia e ampliar radicalmente as equipes de Saúde da Família na capital”, anunciou.

OUTROS INVESTIMENTOS — Durante o evento, Temporão anunciou ainda um investimento de R$ 73 milhões para ampliar o atendimento à população em consultas especializadas, internações e cirurgias nos hospitais estaduais. O valor será investido na instalação de 103 novos leitos de UTI coronariana — serão 34 leitos no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, e 69 no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Rio — e em repasses para o Hospital da Mulher Heloneida Studart (R$ 44 milhões) e para o instituto de transplantes Hospital de Alta Complexidade, ex-Santa Mônica (R$ 20 milhões).

Os municípios interessados em aderir às UPAs devem ter o serviço de SAMU habilitado ou estar em processo de aprovação do projeto. Entre os requisitos, está o compromisso de atingir, no mínimo, 50% de cobertura do Programa Saúde da Família na abrangência de cada UPA, no prazo máximo de dois anos.

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