Em 10 de junho agora é comemorado o “Dia do Mestre-sala e Porta-bandeira”. A data, cuja lei foi promulgada no último dia 7 de julho e passa a integrar o Calendário de Eventos da Cidade de São Paulo, foi estabelecida pela Câmara Municipal como uma forma de homenagear esses artistas – o mestre-sala, a porta-bandeira e a porta-estandarte – que, durante muito tempo, têm cultivado a cultura popular nas escolas de samba paulistanas. O projeto é da vereadora Juliana Cardoso.
O dia 10 de junho foi escolhido porque nesta data, em 2009, foi feita uma homenagem na Câmara Municipal a Maria Gilsa Gomes dos Santos, uma tradicional porta-bandeira do Carnaval de São Paulo que faleceu em dezembro de 2008 aos 56 anos.
Maria Gilsa é lembrada como grande protagonista da história do samba paulistano, tendo dedicado 34 anos de sua vida ao posto de porta-bandeira em algumas escolas, entre elas a Acadêmicos do Tucuruvi e a Rosas de Ouro. Seu legado se estende até os dias de hoje, já que muitos de seus ensinamentos são passados às novas gerações na formação de jovens mestres-salas e porta-bandeiras.
Também foi em 10 de junho, porém de 1995, que foi criada a Associação dos Mestres-salas, Porta-bandeiras e Porta-estandartes do Estado de São Paulo (AMESPBEESP), da qual Maria Gilsa era vice-presidente e instrutora.
Sobre o mestre-sala e a porta-bandeira
Muito respeitado pelos integrantes da comunidade do samba, o casal de mestre-sala e porta-bandeira é o responsável por apresentar, conduzir e ostentar o pavilhão, símbolo máximo da escola de samba, e devem guardá-lo e protegê-lo (a porta-bandeira conduz o pavilhão e o mestre-sala é o seu guardião). Sua atuação no desfile é de suma importância e um dos principais quesitos de avaliação.