O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a projeção para o reajuste nos preços da energia elétrica em 2014, de 14%, previstos em julho, para 16,8%. A informação consta da ata da última reunião do comitê.
A estimativa para a redução nas tarifas de telefonia fixa passou de 3,8% para 6,3%, este ano.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, a projeção é 5% em 2014, mesmo valor considerado na reunião do Copom de julho. Segundo o BC, essa projeção considera variações ocorridas, até julho, nos preços da gasolina (-0,1%) e do botijão de gás (0,6%), bem como as projeções para as tarifas de telefonia fixa e de energia elétrica.
Em 2015, a estimativa de variação dos preços administrados é 6%, mesma projeção divulgada em julho. Para 2016, o BC projeta 4,9%, ante 4,8% considerados na reunião de julho.
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
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Reajustes nas tarifas de energia elétrica pressionam inflação, explica IBGE
05/09/2014 11h46 Rio de Janeiro – Reajustes nas tarifas de energia elétrica nos meses de julho e agosto contribuíram para aumentar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês passado. Segundo técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve reajustes diretos (ou indiretos, por meio de aumento de tributos) do serviço em seis das 13 cidades e regiões metropolitanas pesquisadas pela instituição.
Com os empregados domésticos (que tiveram alta de 1,26%), o aumento de 1,76% do custo da energia elétrica foi o item individual que mais impactou para a inflação. A energia elétrica acumula altas de 11,66% em 2014 e 13,58% nos últimos 12 meses.
O impacto deste ano na inflação é inverso ao fenômeno de 2013, quando foi o item mais importante para conter a taxa, tendo caído mais do que 15%, lembrou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. “Em 2013, foram feitas várias revisões tarifárias e as contas ficaram mais baratas. Já agora [em 2014], com problemas que vêm acontecendo no setor, os reajustes têm sido relativamente altos em grande parte das regiões e as contas têm ficado mais salgadas”, explicou.
Analisando-se os grupos de despesa do IPCA, apenas alimentação e vestuário tiveram queda de preços, ambos com deflação de 0,15%. Os demais tiveram inflação: habitação (0,94%), artigos de residência (0,47%), educação (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,41%), transportes (0,33%), comunicação (0,1%) e despesas pessoais (0,09%).
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira