A forte estiagem que atinge o Nordeste fez com que o Ministério da Integração Nacional decretasse, somente neste ano, situação de emergência para 983 cidades da região. O Estado mais crítico é o Piauí, onde 202 municípios estão em emergência ou calamidade pública. Entre o oeste da Bahia e sul piauiense e maranhense não chove há 150 dias.
No sertão nordestino, algumas cidades não veem chuva há 50 dias, em outras não cai uma gota de água há pelo menos 100 dias. Na Bahia, onde 160 municípios estão em estado de emergência, ocorreu o último decreto do Ministério da Integração Nacional. Foi na cidade de Formoso do Rio Preto, na última terça-feira.
O Ministério da Integração Nacional classifica os decretos de emergência como seca, ou estiagem. A diferença entre os dois termos é que a seca é considerada um período ausência prolongada ou pouca distribuição das chuvas e que provoque um desequilíbrio hidrológico. Já a estiagem é um longo período sem chuvas e a perda de umidade do solo é maior do que a reposição.
O problema da seca não é exclusividade do Nordeste. Em Minas, foram reconhecidos em situação de emergência por falta de chuvas nove municípios, todos no norte do Estado, somente nesta semana.
Previsão
A previsão da Somar Meteorologia mostra que setembro ainda será um mês seco no Nordeste. Pelo menos, em outubro, a chuva generalizada retorna e fica acima da média na Bahia, Sergipe e sul do Maranhão e do Piauí. A tendência é de que a chuva da segunda quinzena seja mais intensa que da primeira quinzena.