Projeto ajuda professores e alunos a superar dificuldade de aprendizagem

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A dificuldade de aprendizagem na sala de aula é um desafio enfrentado por muitos professores da rede pública de ensino. Muitos profissionais estão despreparados para lidar com esse tipo de situação, fato que pode gerar exclusão e agravar o problema. Um projeto de extensão desenvolvido pelo Departamento de Educação do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro se propõe a ajudar professores e alunos de escolas públicas da cidade a superar o problema.

O projeto intitulado “Formação de Professores para o atendimento educacional especializado a alunos com dificuldades de aprendizagem” é coordenado pela professora Andréia Osti. O projeto tem como objetivo atender alunos que estão com dificuldades de aprendizagem que não conseguem acompanhar as atividades desenvolvidas em sala de aula. Andréia explica que o atendimento é feito na própria escola em parceria com o professor da sala que aponta quais as maiores necessidades da criança atendida. “A partir desse diagnóstico elaboramos atividades para serem trabalhadas focando essas necessidades”, comenta.

No momento o projeto de extensão está sendo realizado em três escolas: duas municipais, com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, e uma estadual, com estudantes do 6º ao 9º ano. São atendidos 50 alunos do município e 60 do estado. Além disso, o projeto também atende duas crianças com deficiência que precisam de um atendimento específico. Nesse caso, o atendimento é feito na universidade. “Nas escolas municipais, os atendimentos são individuais ou em grupos pequenos de até cinco alunos. Na escola estadual, pelas aulas serem de 50 minutos, não realizamos atendimento individual, mas sim um acompanhamento dentro da sala de aula junto com o professor”, explica Andréia.

O processo de alfabetização é a maior dificuldade de aprendizagem encontrada entre os alunos que participam do projeto. “Temos alunos que não estão alfabetizados e outros que estão, mas que apresentam muita dificuldade para compreender um texto lido e de produzir textos com coerência e autonomia”, relata Andréia. Segundo ela, escola e universidade podem unir forças para intervir nesse processo e diminuir os números de defasagem escolar.

“A universidade tem o respaldo teórico que pode ajudar a escola no sentido de buscar respostas e possíveis estratégias para a superação do problema. A escola tem toda uma realidade que permite que os estudantes universitários possam vivenciar os problemas cotidianos de um professor e, a partir disso, repensar formas de atuar em sala de aula. Considera essa parceria fundamental”, pontua.

O projeto começou em 2013 e ainda está em andamento, mas já vem obtendo resultados positivos. Tanto que existem planos de repeti-lo em 2015 e torná-lo permanente. “A ideia é não parar mais com o projeto, pois ele tem sido muito elogiado pelas escolas participantes e temos recebido convite de outras escolas e diretores para que ele passe a atender mais escolas”, comenta. No entanto, para ampliar o projeto é preciso aumentar o número de participantes. No momento, a professora conta apenas com o apoio de alunos bolsistas.

“O projeto tem sido muito bem aceito por todos que dele participam. Gostaria de abranger um número maior de escolas e incluir, de alguma forma, apoio as famílias, mas no momento isso configura um sonho futuro”, conclui.

Edneia Silva

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